26 abril 2006

Jovens estão cada vez mais insatisfeitos com o próprio corpo

Mesmo sem a garantia implícita de que as formas harmoniosas assegurem a aceitação social, homens e mulheres, tão logo aprendem a reconhecer a própria imagem no espelho, perseguem o ideal de beleza física do momento – hoje marcado pela cintura fina, as pernas esguias e o corpo quase esquálido das modelos Gisele Bündchen e Ana Hickmann ou o tronco musculoso à la Brad Pitt.

Mais comum entre as mulheres, a insatisfação com o corpo real – e a busca da forma idealizada – começa a ser mapeada por uma equipe do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

Os pesquisadores investigaram o que 700 estudantes de ambos os sexos da área de saúde, com idade entre 17 e 26 anos, pensavam a respeito do próprio corpo. Resultado: três de cada quatro deles desaprovavam sua aparência física e se incomodavam muito com detalhes, como o excesso de gordura na cintura, a celulite no bumbum ou o nariz adunco.


Realizado com alunos de 11 universidades distribuídas por São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o estudo revelou ainda que 80% mudariam características do corpo para melhorar a aparência. Até aí, nada de extraordinário em uma época na qual os outdoors alardeiam as cirurgias plásticas, que podem até mesmo ser pagas em parcelas.

O perigo

Seria normal não fossem dois detalhes. Primeiro: de cada dez alunos, nove estavam longe de ser obesos – o peso de 65% deles era considerado saudável para a idade e a altura e 22% eram magros. Segundo, e mais grave: 13% dos entrevistados afirmaram provocar vômitos, tomar laxantes ou usar diuréticos após comer com o objetivo de não engordar.

Embora não permitam o diagnóstico final, essas constatações indicam que essas pessoas correm sério risco de desenvolver um distúrbio alimentar grave: a bulimia nervosa, a ingestão incontrolável de comida em exagero, seguida da tentativa de se livrar do excesso de alimento.

"Esperávamos encontrar um índice de sinais de bulimia muito menor nesse grupo, em tese formado por pessoas que sabem cuidar melhor da própria saúde e que correm risco menor de desenvolver distúrbios alimentares", afirma a psicóloga Mara Cristina Souza de Lucia, coordenadora do estudo, parte do projeto Distúrbios Alimentares e Obesidade do Hospital das Clínicas, que há seis anos investiga a relação das pessoas com a alimentação e a auto-imagem. "Se é assim na área de saúde, pode ser ainda pior entre os jovens estudantes de outras áreas."

Fonte: Terra Jovem

E na sua opinião ? Você acredita que boa aparência pode abrir as portas para uma vida melhor ? Para você quais são as 3 coisas mais importantes que uma pessoa deve ter ou ser para conseguir serem felizes ? Comentem.

Um comentário:

Anônimo disse...

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